A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) se posicionou contra a proposta que prevê o fim da escala 6 por 1 no Brasil e afirmou que o projeto, se aprovado, trará uma série de implicações para o mercado de trabalho e para a economia. Conforme a Fiemg, com uma eventual aprovação da proposta, o setor industrial do país pode ter um prejuízo de R$ 8,5 bilhões.

Um estudo da Gerência de Economia da Fiemg estimou uma perda de R$ 38 bilhões para os setores produtivos de modo geral. A federação informou ainda que a proposta provocaria aumento de custos às empresas.

“Para manter a mesma escala de produção e atender à demanda de serviços durante toda a semana, muitas empresas precisarão contratar novos empregados, aumentando os seus custos operacionais”, diz trecho da nota da Fiemg.

Outro ponto levantado pela federação foi o impacto na inflação. Com um possível aumento dos custos das empresas, a ampliação da inflação será repassada aos consumidores por meio elevação dos preços de produtos e serviços.

Mais cedo nesta terça-feira (12), o vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), também se posicionou contra a proposta. Ele afirmou que, a longo prazo, o projeto irá gerar desemprego no país.

Escala 6×1

O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) agita as redes sociais nos últimos dias. O tema está entre os mais comentados da plataforma X. O projeto estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escala de 6 por 1.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) já foi assinada por 134 deputados. São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL/RJ), a proposta foi apresentada em 1º de maio deste ano, inspirada no movimento VAT, que, por meio de uma petição online, já recolheu mais de 2,3 milhões de assinaturas na internet a favor do fim da escala 6 por 1.

FONTE: HOJE EM DIA