O início da primavera seguirá marcado por temperaturas elevadas e baixos índices de umidade relativa do ar em Minas. A nova estação começou neste domingo (22) e segue até 21 de dezembro. A partir de outubro ocorre a transição do tempo seco para o chuvoso, com possibilidade de temporais, ventos fortes, raios e até granizo. As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Com a previsão de dias ainda quentes e secos, o alerta para os cuidados com a saúde devem ser mantidos. Mesmo com a melhora na umidade do ar, o índice de 60% – preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – ainda não será alcançado nos próximos dias.
As pessoas poderão seguir com desconforto nos olhos, boca e nariz, além de ressecamento da pele e dores de cabeça. É preciso beber muita água, umidificar o ambiente e evitar a exposição ao sol nas horas mais quentes.
“O início da estação preserva características do final inverno, ou seja, ainda é recorrente o predomínio de sol”, explica o meteorologista Claudemir de Azevedo. Porém, o especialista afirma que o refresco não vai demorar.
“No decorrer da estação, as chuvas se tornam mais frequentes principalmente no final da tarde ou noite, devido ao aquecimento diurno e à maior disponibilidade de umidade”.
Conforme o meteorologista, as chuvas podem ficar abaixo da média histórica nas regiões Oeste, Noroeste e Triângulo, e dentro do esperado nas demais localidades do Estado, como em Belo Horizonte. Na capital, Claudemir Azevedo diz que as temperaturas devem variar entre 18°C e 28°C.
A expectativa é que as chuvas fiquem acima da média no Acre, Roraima, sudoeste do Amazonas, sudeste da Bahia e Rio Grande do Sul.
Quais serão os impactos do fenômeno climático La Niña?
Os meteorologistas afirmam que o La Niña deve começar no Brasil agora em setembro. O fenômeno climático se caracteriza pelo resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial, ao contrário do El Niño, que é o aquecimento dessas águas.
A professora Ana Ávila, pesquisadora do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura da Universidade Estadual de Campinas (Cepagri/Unicamp), afirma que, em 2024, o La Ninã não deve ocorrer com muita intensidade. E detalha os impactos nesta primavera.
“Os modelos estão apontando uma tendência de redução de chuvas, embora nesses próximos dias, por exemplo, haja uma situação de chuvas em excesso no Sul, com risco de alagamentos e enchentes no Rio Grande do Sul, principalmente. Mas a longo e médio prazo, não se espera chuvas mais tão volumosas, exatamente por conta da La Ninã, que tem uma tendência de redução do volume de chuvas no Sul do país e aumento do volume de chuvas no Norte”.
* Com agência Brasil 61
FONTE: HOJE EM DIA