A previsão do tempo não é desanimadora. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta terça-feira um alerta de perigo devido à onda de calor que atinge parte do Brasil nesta semana, com temperaturas até 5°C acima da média. Em Minas, situação é mais crítica na capital e mais 186 cidades, e secura se agrava devido aos muitos focos de incêndio.

Como se não bastasse o mal-estar provocado pelo calor, a umidade relativa do ar em queda em muitas cidades – em BH está na casa dos 15%, bem abaixo dos 60% preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – amplifica os riscos à saúde e reduz a disposição.

Além do desconforto na pele, o calor extremo pode gerar transtornos significativos ao sistema imunológico. Isso acontece porque a temperatura do ambiente interage diretamente com a resposta do nosso corpo, afetando a qualidade e a velocidade das ações imunológicas.

“Tanto o calor quanto o frio extremo podem impactar negativamente o batimento cardíaco, a pressão arterial, os níveis de colesterol no sangue e a capacidade do sistema imunológico de combater agentes infecciosos, desencadeando eventos cardiovasculares e respiratórios”, alerta o nutricionista funcional Diogo Cirico. Confira abaixo as dica do profissional.

Atenção ao relógio

Diogo Cirico explica que, para proteger o sistema imunológico e evitar dores de cabeça e problemas respiratórios, é essencial evitar a exposição ao sol nos horários de maior calor (entre 10h e 16h).

Como saber a quantidade de água adequada?

Além disso, é fundamental consumir a quantidade de água necessária (multiplicar o peso corporal por 35 ml) e distribuir o consumo do líquido e de alimentos leves ao longo do dia para garantir uma hidratação contínua e manter os níveis de energia.

Alimentos refrescantes são essenciais

Certos cuidados com a alimentação podem refrescar, reduzir o mal-estar e evitar a desidratação. “Vegetais possuem alta concentração de água e podem contribuir para a hidratação e conforto térmico. Frutas como melancia, manga, morango, laranja, abacaxi e melão são ótimas opções para lanches intermediários. Vegetais como agrião, alface, espinafre, pepino, abobrinha, tomate e cenoura são ideais para refeições principais”, indica o nutricionista.

Cuidado com o que coloca no prato

Alguns alimentos podem aumentar a desidratação, como café em excesso, itens ricos em sódio, alimentos ultraprocessados e frituras. “Evite alimentos de origem animal ricos em gordura saturada, como frango com pele, picanha e mussarela, além de limitar o consumo de ultraprocessados, como sorvetes, biscoitos recheados e chocolates”, alerta o especialista. Segundo Cirico, além de aumentarem a desidratação, esses alimentos deixam a digestão mais lenta, o que amplifica a sensação de indisposição e mal-estar.

Comer aos poucos para manter a disposição

Outra dica do nutricionista é fracionar a alimentação em várias refeições ao longo do dia para ajudar a manter os níveis de energia e hidratação. “No calor, ocorre maior perda de líquidos, mas nem sempre atendemos nossa sensação de sede, o que é especialmente preocupante em idosos e crianças, que costumam desidratar mais rapidamente. Por isso, é importante também escolher alimentos que tenham maior quantidade de água”.

FONTE: HOJE EM DIA