O traslado dos corpos dos jovens mineiros que morreram dentro de um carro da montadora BMW em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, custou cerca de R$ 30 mil para a Prefeitura de Paracatu, na região Noroeste de Minas Gerais. Os corpos já deixaram a cidade catarinense e devem chegar ao município mineiro nesta quarta-feira (3 de janeiro), onde será realizado o velório coletivo, no ginásio do Jóquei Clube de Paracatu.

“As famílias nos procuraram pedindo ajuda. Então a prefeitura decidiu ajudar com o translado do corpo. O investimento é de cerca de R$ 30 mil reais”, disse o chefe do executivo municipal em entrevista para O TEMPO.

Conforme a prefeitura, o auxílio concedido segue ao determinado na resolução municipal 022/21 do Conselho Municipal de Assistência Social.  No entanto, um acordo teria sido firmado um acordo com uma funerária da cidade a fim de reduzir as despesas. “Conseguimos que fosse considerado apenas 2 traslados, sendo transportados dois corpos por carro fúnebre”,  afirmou, em nota.

Ainda segundo a prefeitura de Paracatu, a família da vítima Tiago Ribeiro se ofereceu para custear o preparo funerário dos quartos corpos, além de todas as despesas referentes ao velório do jovem.

“Sobre o valor final a ser desembolsado pela Prefeitura somente será possível concluir ao final do mês de janeiro, em razão de está ocorrendo o fechamento contábil do orçamento 2023, motivo pelo qual o orçamento encontra-se trancado como acontece sempre durante o primeiro mês do ano”, acrescentou.

O caso

Quatro pessoas — Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Tiago de Lima Ribeiro, de 21, e Nicolas Kovaleski, de 16 anos — foram encontradas mortas dentro de um carro da montadora BMW que estava estacionado na rodoviária de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, na madrugada desta segunda-feira (1º), logo após a queima de fogos. As vítimas viveram em Paracatu, na região Noroeste de Minas Gerais.

Eles teriam ido à rodoviária buscar uma amiga — namorada de uma das vítimas —, que saiu de Minas Gerais para se encontrar com o grupo. Quando a moça chegou, ela encontrou os quatro passando mal. Estavam com ânsia de vômito e tontura.

A mulher conta que os amigos permaneceram dentro do carro, enquanto ela saiu para dar uma volta, esperando que eles melhorassem. Quando retornou, encontrou os quatro mortos. As vítimas teriam ficado cerca de quatro horas no carro, com o ar-condicionado ligado.

FONTE: O TEMPO