Motoristas vão encontrar mais radares nas estradas estaduais. Até dezembro, 700 aparelhos de controle de velocidade estarão em funcionamento em Minas. O número será 40% maior se comparado a 2022. Apesar das críticas de parte dos condutores, que ainda insistem no discurso de indústria da multa, o reforço na fiscalização é apontado por autoridades e especialistas como uma das principais medidas para barrar imprudências no trânsito.

No ano passado, as rodovias sob responsabilidade do Estado contavam com 493 equipamentos. Atualmente são 626. A ampliação foi informada pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros de Souza. “O radar é um instrumento importante. Se a gente pegar a quantidade de pessoas que tomam multas em radares, é um número muito pequeno porque as pessoas respeitam os radares e com isso reduzem a velocidade, evitando acidentes e mortes”.

Os novos locais de instalação não foram informados. Segundo ele, os pontos estão sendo avaliados. A instalação deve levar em conta trechos de rodovias com curvas perigosas e com presença de pedestres. O histórico de acidentes também pesa, acrescenta o consultor em engenharia de tráfego Silvestre de Andrade, que avalia de forma positiva o reforço na fiscalização.

“É óbvio que ainda temos um número de acidentes muito grande, muitas vítimas. Mas o radar é uma forma eficiente de fiscalizar aquele trecho 24 horas por dia. Se as pessoas cumprissem a legislação, não haveria necessidade”, afirma o especialista em trânsito.

Carga pesada
Além dos radares, a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) promete apertar o cerco aos caminhões e carretas que trafegam com o limite de peso acima do permitido nas estradas, aumentando os riscos de acidentes e danificando o pavimento.

Atualmente, 25 balanças estão em operação. A previsão do governo é que até dezembro mais dez sejam instaladas. “É uma forma de garantir que os veículos pesados estejam circulando dentro da capacidade. Com isso a gente preserva o pavimento e dá mais vida útil à nossa malha rodoviária, sem a necessidade de reformas constantes”.

FONTE: HOJE EM DIA