O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Oliveira, pediu desculpas nesta quinta-feira (25) à família de Genivaldo de Jesus, morto, há um ano, durante abordagem da PRF, em Sergipe.
Genivaldo não resistiu à abordagem policial, quando foi trancado dentro de uma viatura, utilizada como uma espécie de câmara de gás.
Os três policiais envolvidos estão presos e respondem por tortura e homicídio triplamente qualificado.
O diretor-geral Fernando Oliveira classificou a morte como um “fato traumático”.
O pedido de desculpas aconteceu durante a apresentação do projeto do uso de câmeras corporais em uniformes policiais da PRF.
A ideia é que a partir de abril de 2024 cerca de seis mil agentes utilizem os equipamentos. Aproximadamente metade da força policial. Os testes práticos começam em novembro.
O projeto é coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Estudos apontam que o uso da tecnologia diminui em mais de 50% a letalidade policial, além de reduzir pela metade as reclamações sobre a conduta de policiais.
O Secretário de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marivaldo Pereira, afirma que as câmeras são instrumentos importantes para evitar casos como o do Genivaldo.
Em janeiro deste ano, o Ministério Público Federal recomendou que a PRF fizesse uso das câmeras. A ideia surgiu exatamente após o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos.